O
esporte na dimensão educativa e de inclusão social é assegurado por lei na
constituição Federal, art. 217, que diz "É dever do Estado fomentar
práticas desportivas formais e não formais como direito de cada um”. É
legitimado para crianças e adolescentes em seu Estatuto, no capítulo IV, artigo
59, que cita: "Os municípios com o apoio do Estado e da União estimularão
e facilitarão a destinação de recursos e espaços para a programação cultural,
esportiva e de lazer voltada para infância e a juventude". A escola entra nessa
lógica na concessão do espaço e na responsabilidade de fomentar essas práticas
educativas. E o ensino do atletismo deve focar seus propósitos ao que a carta
maior deste país determina. Apesar de se tratar de um dos conteúdos clássicos
da Educação Física, o atletismo é ainda muito pouco difundido nas escolas
brasileiras e se são trabalhados estão sendo feitos de maneira restrita onde as
aulas se concentram em poucas modalidades, geralmente corridas e saltos. Além
disso, em muitas escolas, o atletismo é desenvolvido com o objetivo clássico de
sobrepujar o adversário, através de procedimentos metodológicos que visam ao
rendimento, estando à margem da criatividade, da construção de novas formas de
movimento e da inserção das mesmas no contexto pedagógico dos outros esportes.
A
prática de esportes é essencial para mantermos uma vida saudável e menos
estressante. No entanto, nem sempre nos conscientizamos que, além disso, ele é
um fator muito importante para a ressocialização de pessoas à margem da
sociedade. Por isso, o esporte é visto hoje como um processo de sucesso na
busca da inclusão social, contribuindo com o desenvolvimento físico e motor,
identificando responsabilidade, auto-confiança e integração no trabalho em grupo.
O
Atletismo é a forma mais antiga de um desporto organizado, vem dos tempos de
outrora em que correr, saltar e lançar eram encarados como uma aprendizagem
vital na caça e na guerra. A versão moderna é bem mais ampla, pois trata-se de
um esporte com provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras ou com
obstáculos, saltos, arremesso, lançamentos e provas combinadas (decatlo e
heptatlo), corridas de rua (de diversas distâncias, como a maratona e corridas
de montanha); provas de cross country (corridas com obstáculos naturais ou
artificiais); e marcha atlética. Considerado o esporte-base, por testar todas
as característica básicas do homem, o atletismo não se limita somente à
resistência física, mas integra essa resistência à habilidade física. É constituído
por três modalidades: corridas, lançamentos e saltos. Considerado o
esporte-base, por testar todas as características básicas do homem, o atletismo
não se limita somente à resistência física, mas integra essa resistência à
habilidade física.
No Brasil e no mundo muitas pessoas são
beneficiadas pelo atletismo, e o que mais essas pessoas ressaltam que é a
integração na sociedade, onde são reconhecidas como verdadeiros cidadãos. E um
dos muitos exemplos vem de uma pequena cidade de Sorriso, no Mato Grosso, uma
cidade que tem apenas 24 anos de idade, que já revelou nomes como a saltadora
Aline Nascimento, campeã brasileira do triplo na categoria menor, e Jéssica da
Silva Almeida, campeã do arremesso do peso e do lançamento do disco no
Brasileiro Caixa Interclubes de Mirins. Essas duas atletas fazem parte da Escolinha
Municipal de Atletismo, que integra um bem-sucedido programa de inclusão social
na área do Atletismo que tem apoio do "Programa Caixa de Apoio a Centros
de Descoberta de Talentos", da Confederação Brasileira de Atletismo, Trata-se do projeto "Semente de
Ouro", que reúne crianças e jovens de 10 a 17 anos, JÈSSICA diz: "O trabalho
feito lá na cidade é excelente e me enche de esperança de crescer no
esporte", e conclui o coordenador do projeto Marcos Flademir Vieira "Com isso, tiramos
esses meninos e meninas das ruas e os encaminhamos para a cidadania pela porta
do Atletismo".
Atletismo, ferramenta de
inclusão social.
O esporte pode modificar as vidas de muitas crianças
e adolescente, impulsionando-as a superar obstáculos e a crescer com noções de
solidariedade e respeito às diferenças. O objetivo do atletismo como ferramenta
de inclusão social é dar condições para que o jovem faça do atletismo seu
projeto de vida e se torne um campeão não só no esporte, mas também na vida,
por isso deve-se pensar em longo prazo. O envolvimento em projetos sociais
esportivos consegue evitar, entre outras coisas, que os jovens se envolvam ou
pratiquem atos criminosos, já que ocupam o tempo ocioso com as práticas
esportivas, ao invés de deixá-los na rua ou se envolvendo com o crime.
A convivência com os demais jovens nas atividades
esportivas provoca também a socialização e o aumento das redes de
sociabilidade, da amizade, formando assim, comportamentos e valores. Aliados a investimentos em outras áreas, os projetos esportivo-sociais
trazem benfeitorias aos que estão em vulnerabilidade social. Os benefícios do
esporte vão além do jogo em si. Realizando a prática esportiva, a criança e o
jovem aprendem respeito pelas regras e pelos outros jogadores, agregam
entendimento, esperteza para resoluções de conflitos, valor do esforço,
auto-estima, responsabilidade.
É simples visualizar. Dentro de uma corrida de
revezamento, por exemplo. Para jogá-lo, antes de tudo, é preciso entender as
regras. Uma delas especifica que o jogador não pode passar o bastão fora da
área demarcada para o passe. Se assim o fizer, estará desobedecendo a regra e a
equipe será desclassificada. E se o teu time está perdendo e precisa
reverter o placar? É preciso buscar uma solução para reverter esse problema. Ou
mesmo em outras decisões: é preciso utilizar a melhor tática para vencer o
adversário.
E o empenho. Se eu me esforço, se eu me uno ao
grupo, o resultado será positivo. Mesmo que o esporte seja coletivo, todos
dentro de quadra ou pista possuem uma função. Se eu não exercer a minha,
prejudico o time todo. Para tanto, preciso ter a responsabilidade de exercer a
função que me é solicitada. Unindo todas essas características, mostro que sou
capaz e o bom desempenho gera a confiança no time e em mim mesmo.
Auto-confiança, essencial, para a boa auto-estima.
Foi assim que, Robson Caetano, homem mais
rápido da América do Sul, detentor até hoje do recorde sul-americano nos 100m,
com tempo de 10 segundos cravados que lhe deram vitória no Campeonato
Ibero-Americano do México (1988), É também uma história de integração e
superação pois saiu de uma favela carioca onde trabalhava como ajudante de
pedreiro onde Teve vários momentos em sua vida que minha família duvidou da
possibilidade que o esporte apontava na sua vida. Foi descoberto pela técnica de atletismo
Sônia Ricette, num campo de futebol, na Baixada Fluminense (RJ), no final dos
anos 1970. Foi levado para o pentatlo moderno, no qual descobriu sua vocação
para as provas de pista no atletismo. Para se tornar um atleta consagrado, ele
teve de enfrentar o estigma que o acompanhou por muito tempo, em especial no
início da carreira, o período mais crítico para qualquer pessoa: ser taxado de irresponsável, indisciplinado, inconsequente. Muitos
treinadores não apostavam nele por causa da rebeldia, mesmo reconhecendo seu
talento indiscutível, "O mais importante eu tive em casa, Mesmo não tendo
condições financeiras, meus pais me deram muito apoio", afirma, com
ressalva para o avô, que queria ver o neto trabalhando como estivador no Porto.
"Na época, ser esportista era ser vagabundo, por isso ele era
contra". O atletismo levou Robson exatamente para o caminho contrário do
temido pelo seu avô. E hoje um exemplo de vida é um exemplo para aqueles que
estão começando no esporte.
São por aprendizados como esses, que as Nações
Unidas vêem o esporte como promotor da integração social e desenvolvimento
econômico em diferentes contextos geográficos, culturais e políticos. Conforme
a ONU, ele traz valores humanos, assim como respeito pelo adversário, aceitação
das regras, trabalho em equipe e lealdade.
O Atletismo na
Bahia
Trazendo para nossa realidade,
o atletismo na Bahia, ainda a muito que se fazer, mesmo que de alguns anos pra
cá venha ganhando um grande espaço em nosso Estado. Manter esses projetos tem
sido de um enorme esforço para os coordenadores por se debater com a falta de
patrocínio e infraestrutura em especial em nossa capital onde, segundo o
ex-atleta Herval Souza, o nosso governo tem virado as costas,
mas esses profissionais não tem baixado a cabeça, e um em especial um
que merece destaque: com o auxilio de outros profissionais e com o apoio da
federação baiana de atletismo, Herval Souza
mantém um projeto a 7 anos em uma
parceria com o Colégio Militar, onde reúne jovens com objetivos
semelhantes de serem alguém perante a
sociedade e de crescer dentro do esporte.
Relata
Herval Souza: “Estamos tentando manter esse trabalho para que o atletismo se
mantenha vivo”. Herval utiliza parte da área do colégio militar para treinar
seus alunos, onde deveriam treinar numa pista de atletismo de verdade não numa
pista de brita. Mesmo sem recursos e infraestrutura adequada, vários talentos
já foram descobertos e devolvidos a sociedades, mantendo assim o sonho de
crescer no esporte, e assim tem sido com Djavan e beatriz que mantem o sonho
vivo treinando ao lado da campeã brasileira e filha de Herval Souza, Gabriela
Souza que representa a maior aposta do atletismo baiano e assim o atletismo tem
mantido vivo os sonhos de muitos jovens.
Projeto Mar
Aberto
Entrevista
com o professor Paulo Conceição
O
que o motivou a iniciar um projeto de Inclusão Social, tendo como base a
pratica desportiva?
Paulo: O esporte é uma das maiores
ferramentas que temos para unir nações! Imaginem a facilidade que seria para
unir e reunir uma comunidade e suas adjacências.
Tudo se deu com a natação até chegar ao
atletismo. Partindo do principio que a natação é um dos esportes mais
prazerosos e uma minoria tem acesso a essa modalidade e não existem espaços
apropriados, ou seja, não existe piscina nas escolas.
Salvador por ser uma cidade litorânea,
e a praia democrática, facilita ao alto índice de acidentes aquáticos pelo fato
que existe um grande numero de pessoas que não tem habilidade natatória.
Dai surgiu o projeto idealizado pelo
guarda-vidas e então professor especialista em Educação Física, em ensinar
natação na praia, por trabalhar como guarda-vidas dessa mesma praia onde o
número de afogamentos eram constante e
assim desenvolvido o projeto chamado de MAR ABERTO, onde dentro do mesmo
projeto surgiu um grupo de corredores que foram desenvolvendo suas habilidades.
Quais as
dificuldades encontradas durante o desenvolvimento do projeto até chegar ao
ponto que se encontra hoje?
Paulo: Credibilidade dos pais para
deixar as crianças frequentar um espaço dito por eles “pais” perigoso, porém a
maioria dos próprios pais também eram vitimas de não ter habilidades natatória,
material para natação é caro e para o atletismo não fica para traz, pois os
uniformes são caros e as sapatilhas e tênis também são de alto custo, alem, do
local para treino. Hoje temos um horário em uma piscina da comunidade e ainda
não existe pista para dar continuidade aos nossos trabalhos.
Quais
os benefícios que os jovens e crianças que aderiram ao projeto, alcançaram após
conhecerem a pratica do atletismo?
Paulo: Benefícios são muitos! Primeiro
aproximar todos de uma modalidade olímpica que é o atletismo, segundo precisam
estar na escola, pois o esporte ou qualquer modalidade esportiva ainda é muito
relativo em nosso estado, terceiro que pode ser uma profissão mesmo tendo todas
as dificuldades aqueles que insistirem não estarão perdendo nada, pois esporte
bem feito e feito por quem gosta se torna prazeroso.
O atletismo e o
seu papel na inclusão da mulher na sociedade
O
atletismo também foi um grande propulsor no ingresso das mulheres para o
esporte em olimpíadas. Em 1912, o barão Pierre de Coubertin idealizador das
Olimpíadas da Era Moderna e então presidente do Comitê Olímpico Internacional
defendia, de forma contundente, a exclusão das mulheres da competição ao frisar
que “os jogos olímpicos são a exaltação solene e periódica do esporte
masculino”. Ele afirmava: “o verdadeiro herói olímpico é, a meu ver, o homem
adulto... Não aprovo a participação das mulheres em competições públicas. Isto
não significa que elas devam se abster de praticar esportes, mas não devem dar
espetáculo. Nos jogos olímpicos seu papel deveria ser, sobretudo, como nos
antigos torneios, o de coroar os vencedores”. Pressionado pelo avanço do
movimento feminista no campo esportivo, Pierre de Coubertin renunciou à
presidência do COI, em 1925. Três anos depois, nos Jogos de Amsterdã, as provas de atletismo consideradas impróprias para o “sexo frágil” foram incluídas no programa olímpico para
desespero do barão, dai então, impulsionadas por essa conquista, participar de
outros esportes considerados impróprios para mulheres era uma questão de tempo,
e assim foi.
Kathrine Switzer, primeira mulher a participar
da Maratona de Boston (EUA), em 1967. Na época, apenas os homens podiam
integrar quaisquer provas de rua no país, antes mesmo das mulheres se rebelarem
contra os padrões vigentes, pedindo maior igualdade entre os seres humanos, na
famosa praça de Atlantic City, em 1968. A americana viveu momentos de tensão e
vitória naquele gelado dia, e não fazia ideia de que se tornaria parte da
história. Em 1967, Switzer misturou-se secretamente ao exército de homens que
disputavam a Maratona de Boston. Ela se inscreveu com as iniciais de seu nome e
usava um número de peito oficial. Descoberta e quase expulsa da prova, a
norte-americana contou com o apoio de seu namorado na época e do seu treinador
para conseguir completar o percurso. Antes dela, outras mulheres haviam tentado
correr maratonas extra-oficialmente, mas nenhuma teve a mesma repercussão.
A
cena da tentativa de expulsão atraiu tanto a atenção da mídia que ganhou um
espaço entre as “100 fotos que mudaram o mundo”, pela revista Time, e foi o
primeiro passo para a abertura de grandes corridas para a participação
feminina. Switzer ainda correu outras 38 maratonas, venceu a de Nova York em
1974 e criou o Circuito Internacional de Corridas Avon, exclusivamente para
mulheres.
Entrevista com o professor Hélio*.
O que o atletismo representa em sua vida?
Hélio
- O atletismo representa para mim o sonho de me
tornar atleta, técnico e professor de Educação Física. Representa também,
uma experiência de vida maravilhosa e o encontro com pessoas que me
fizeram uma pessoa melhor.
O
senhor acredita no atletismo como ferramenta de inclusão social?
Hélio
- Acredito sim, pois ao
longo dos vinte e cinco anos trabalhando no atletismo constatei cotidianamente
o poder do esporte, mas principalmente do atletismo por oferecer
oportunidades das pessoas mudarem de vida, terem ascensão social, alcançarem
seus sonhos e virarem cidadãos de bem, cidadão brasileiro.
Na sua opinião, qual deve ser a postura do profissional de educação física nesse processo?
Hélio
- Creio que
a responsabilidade do profissional de Educação Física é enorme.
Primeiro ele tem que acreditar no esporte como instrumento de
educação, transformação e de cidadania. Em segundo tem que ter uma
atitude profissional pautada na honestidade de proposito, seriedade,
competência técnica, austeridade, disciplina, mas sobretudo uma postura de educador,
de um líder, de orientador e de cidadão de bons exemplos para a sociedade.
Até
mais, espero ter contribuído de alguma forma.
Hélio Campos.
O menino que
atirava pedras
Antônio Carlos Maciel atirava pedras nos carros que passavam na rodovia
Ayrton Senna. Até o dia em que acertou o carro da funcionária da escola em que
estudava em Mogi das Cruzes e foi incentivado a trocar a perigosa brincadeira
por esporte. Deu certo. O garoto de 17 anos, primogênito da dona de casa Simone
Soares, 35, mãe de mais cinco filhos --a última nasceu há uma semana-- com três
pais, transformou-se em atleta do lançamento de dardo e tem marcas que
impressionam pelo pouco tempo de treinamento. Ele está de segunda a sexta-feira
no Ibirapuera sob a orientação de Fátima Germano, da ASA (Associação
Sertanezina de Atletismo). Rotina iniciada em fevereiro. Mas que lhe rendeu a
marca de 60,25 m com o dardo de 700 g, utilizado na categoria menor (até 17
anos) e 100 g a menos do que o adulto. É o segundo do país nesta idade.
é
esperança no
lançamento de dardo
|
A força já tinha sido percebida em 2003, no dia em
que acertou um Corsa na Ayrton Senna sem saber que era de alguém que o
conhecia. Em vez de castigo, teve que ouvir um longo sermão das professoras
sobre os perigos de atirar pedras nos carros. Foi a professora Luciene Rocha,
que trabalhava com crianças carentes da região no Projeto Fênix, em Mogi das
Cruzes, quem indicou Antônio Carlos ao atletismo. O teste de aptidão foi do
jeito que ele gosta: arremessando bolas de tênis em um campo de futebol e
correndo. Era basicamente o que ele fazia à margem da rodovia, jogar pedras nos
veículos e fugir em disparada para não ser pego pela polícia. Era sua diversão
dos 10 aos 13 anos.
"Não sabia que era perigoso. Quando comecei a
praticar esporte na escola, entendi que não era legal jogar pedras e eu também
nem tinha energias para fazer isso depois dos treinos", contou.
Por três anos, Antônio Carlos permaneceu com a
professora Luciene participando de festivais de atletismo. Competir era uma
brincadeira. Ele nem sequer tinha cadastro na FPA (Federação Paulista de
Atletismo). Lançava dardos a módicos 43 m, participava de provas de 75 m, e
ajudava Lucilene nos treinamentos com os alunos do projeto social Fênix.
Esporte passou na ser coisa séria quando ele passou no teste do Centro de
Excelência da FPA em novembro e começou a treinar com Fátima três meses mais
tarde.
Mudou de endereço. Deixou o barraco da mãe, à
margem da Ayrton Senna, e foi para o alojamento no Complexo Constâncio Vaz
Guimarães, na zona sul de São Paulo. Passou a ganhar R$ 150 de ajuda de custo
da equipe a que se filiou, a ASA.
Após três semanas de treinos, participou da
primeira competição --um torneio de lançamentos da FPA. Alcançou 50 m com
facilidade.
Competiu em mais seis campeonatos. Um deles em Uberlândia,
no Sul-Americano de atletismo, que dava uma vaga ao campeão nos Jogos Olímpicos
da Juventude, em Cingapura, neste mês.
Fonte: Folha de
São Paulo
Exibição
do vídeo “Conheça a história do menino que trocou o vandalismo pelo esporte.“, que
foi matéria do programa Esporte Fantástico no dia 18 de setembro de 2010, e que
conta a história de Antônio Maciel, “O menino que atirava pedras”.
Conclusão:
A
prática de esportes é essencial para mantermos uma vida saudável e menos
estressante. No entanto, nem sempre nos conscientizamos que, além disso, ele é
um fator muito importante para a ressocialização de pessoas à margem da
sociedade. Por isso, o esporte é visto hoje como um processo de sucesso na
busca da inclusão social, contribuindo com o desenvolvimento físico e motor,
identificando responsabilidade, auto-confiança e integração no trabalho em
grupo.
O
esporte pode modificar as vidas de muitas crianças e adolescentes,
impulsionando-as a superar obstáculos e a crescer com noções de solidariedade e
respeito às diferenças. As experiências com projetos sociais ligados ao Esporte
mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos mais
jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Os efeitos são sentidos
no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas,
disciplinadas e, principalmente, fora das ruas.
O
esporte aliado a educação é uma poderosa arma na área da proteção social e
resgate de crianças e jovens em situação de risco, pois este se manterá ocupado
com atividades prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo
aprendendo o que não deve. Ao negar a alguém o acesso a uma educação de
qualidade, se comete uma agressão contra a cidadania, e inegavelmente o esporte
e a cultura devem ser favorecidos pois facilitam o processo educativo.
O
objetivo do atletismo como ferramenta de inclusão social é dar condições para
que o jovem faça do atletismo seu projeto de vida e se torne um campeão não só
no esporte, mas também na vida, como nos disse o professor Hélio.
Fontes de pesquisa e referências:
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Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1998. Disponível em: http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const/con1988/CON1988_05.10.1988/index.htm.
acesso em 08-11-2012.
BRASIL. Estatuto da criança e do
adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro:
Imprensa Oficial, 2002.
CLARK, Bebel. Kathrine Switzer: conheça a primeira
mulher a correr a Maratona de Boston.
Disponível em: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/noticia/2012/03/fique-por-dentro-da-historia-da-atleta-americana-que-aos-20-anos-desafiou-regras-da-organizacao-da-prova-e-foi-quase-expulsa-por-um-dos-diretores.html.
Acesso em: 12 nov. 2012.
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história do menino que trocou o vandalismo pelo esporte. 18/9/2010. Disponível
em: http://esportes.r7.com/esporte-fantastico/video/conheca-a-historia-do-menino-que-trocou-o-vandalismo-pelo-esporte--4d593be89dfc1bf61d9a858f/
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FARIAS, Cláudia Maria de. História do esporte;
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Disponível em: http://www.fazendogenero.ufsc.br/8/sts/ST67/Claudia_Maria_de_Farias_67.pdf
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carros vira esperança no lançamento de dardo. Por DANIEL BRITO, em 04-08-2010.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/777493-menino-que-atirava-pedras-em-carros-vira-esperanca-no-lancamento-de-dardo.shtml.
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TELLES, Manoela e Thyago Mathias. Robson
Caetano, o brasileiro mais rápido da história. Disponível em: http://www.esporteessencial.com.br/entrevista/robson-caetano-atletismo.
Acesso em: 14 nov. 2012.
parabens
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