quarta-feira, 9 de outubro de 2019








Atividade física e suplementação de proteínas na diminuição da perda de massa muscular e aumento da força em pacientes bariátricos.


A cirurgia bariátrica resulta em acentuada e sustentada perda de peso, melhora na função física e qualidade de vida relacionada à saúde, diminuição da mortalidade e melhora nas comorbidades associadas a obesidade. Para a manutenção desses benefícios à saúde, as mudanças no estilo de vida, como atividade física regular e uma alimentação balanceada, representam um componente fundamental para evitar o reganho de peso após a cirurgia bariátrica.


Em um estudo recente, com duração de seis meses, pesquisadores franceses selecionaram setenta e seis mulheres obesas entre 18 e 65 anos submetidas à derivação gástrica em Y de Roux (Bypass Gástrico). 22 foram separadas para o grupo controle e receberam cuidados usuais sem suplementação protéica, 31 receberam cuidados usuais e ingestão adicional de proteínas (whey protein), e 23 receberam cuidados usuais, além de ingestão adicional de proteínas (whey protein), e submetidas a um programa de treinamento de força supervisionado.


Após seis meses de acompanhamento, quando comparados, os resultados mostraram um aumento 3x superior na força muscular no grupo que fez treinamento resistido (musculação) e ingestão adicional de proteínas, em relação aos grupos que fizeram o tratamento habitual sem exercício.


O aumento da força e a preservação da massa muscular após a cirurgia bariátrica são importantes componentes para a manutenção da perda de peso a longo prazo, além de melhora na aptidão física na realização das atividades diárias


Estes dados, somados a outros estudos, justificam a inclusão de um programa de exercícios e suplementação proteica para otimizar os benefícios para a saúde durante a perda de peso após a cirurgia. Tudo sempre acompanhado por um profissional de educação física, um nutricionista e permanente supervisão da equipe multidisciplinar.






Bibliografia:


Oppert JM, Bellicha A, Roda C, Bouillot JL, Torcivia A, Clement K, Poitou C, Ciangura C. Resistance Training and Protein Supplementation Increase Strength After Bariatric Surgery: A Randomized Controlled Trial. Obesity (Silver Spring). 2018 Nov;26(11):1709-1720. doi: 10.1002/oby.22317.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017



Dor Muscular de Início Tardio




É comum após a realização de atividades físicas, além do nível ao qual estamos acostumados, seja um treino aeróbico ou de musculação ou até mesmo atividades recreativas e ou de lazer, sentirmos os efeitos da dor muscular de início tardio (DMIT). Esse tipo de dor é diferente da dor aguda, que sentimos durante a atividade física, e pode variar de intensidade de um individuo para o outro dependendo também do seu nível de condicionamento físico. A DMIT surge geralmente entre 12-24 horas após o exercício ter sido realizado e pode atingir seu auge entre 24-72 horas, causando um desconforto durante as praticas de atividades diárias, tendo vários mecanismos envolvidos em sua etiologia que por sua vez ainda não estão totalmente esclarecidos na literatura.

Por que meus músculos doem?
A teoria de micro lesão muscular é atualmente a mais aceita e tem como justificativa para a DMIT uma resposta inflamatória gerada como mecanismo de defesa do organismo como indicativo que o estimulo foi nocivo ao corpo, esse mecanismo ocorre diante de uma sequência de acontecimentos onde neutrófilos e macrófagos agem no local lesionado para a destruição e remoção do tecido danificado.

Quais sintomas posso apresentar?
Existem inúmeras características da DMIT além da dor muscular local. Alguns os sintomas mais comuns incluem:
·         Inchaço dos membros afetados;
·         Rigidez da articulação acompanhada de redução temporária na amplitude de movimento;
·         Sensibilidade ao toque;
·         Redução temporária da força dos músculos afetados;
·         Aumento da enzima creatina quinase (CK) no sangue, sinalizando dano no tecido muscular.

O que devo fazer para minimizar os efeitos da DMIT?
Apesar de gerar um certo desconforto, os sintomas da DMIT fazem parte do processo de hipertrofia, tendem a diminuir gradualmente após o período inicial de adaptação ao treino e, usualmente, não há necessidade de intervenção médica. Ainda assim, para minimizar seus efeitos, é importante seguir algumas recomendações:

·         Respeite seus limites – Não exagere nas cargas no início e/ou retorno ao programa de exercícios;

·      Comece pelo aquecimento: até algo tão simples como andar na esteira ou pedalar na bicicleta durante 10 minutos antes de começar o treino pode reduzir significativamente a dor percebida nos dias que se seguem ao treino.

·         Inicie os movimentos – Foque em pouca amplitude, cargas e repetições;

·    Descanso – Respeite os períodos de descanso para que o seu organismo tenha tempo de se recuperar;

·      Cuide da alimentação e hidratação – Obedeça rigorosamente as orientações da sua nutricionista, assim terá energia suficiente para as sessões de treino e, posteriormente, uma boa recuperação;

·         Automedicação – o uso indiscriminado de analgésicos sem prescrição médica pode interferir na síntese de proteínas musculares, essenciais para o processo de hipertrofia, além de danificar o fígado.

·     Orientação - A atividade física possui vários aspectos que podem agravar a DMIT, como carga a ser empregada, quantidade de repetições, frequência semanal, equilíbrio muscular, relação de atividade física e descanso, nutrição, entre muitas outras, e todas essas variáveis precisam ser controladas. Por isso, procure a orientação de um profissional de educação física.


Como já esclarecido, a dor muscular de início tardio decorre de inflamações que tem como objetivo regenerar as microlesões musculares. Esta regeneração é que faz com que as células musculares hipertrofiem e aumentem a secção transversa do músculo. Contudo, se ela for constante e não passar depois de alguns dias, é bom ficar alerta, pois ela pode ser um indício de algo mais serio como uma lesão muscular ou ligamentar. Caso elas sejam derivadas dos esforços que o treino demanda, são apenas reflexos normais do exercício e não passam de processos adaptativos necessários para o processo de hipertrofia.






BIBLIOGRAFIA:


Armstrong, R. B. (1984). Mechanisms of exercise-induced delayed onset muscular soreness: a brief review. Medicine and Science in Sports and Exercise, 16(6), 529-538.

Cheatham, S. W., Kolber, M. J., Cain, M., & Lee, M. (2015). The Effects of SelfMyofascial Release Using a Foam Roll or Roller Massager on Joint Range of Motion, Muscle Recovery, and Performance: A Systematic Review. International Journal of Sports Physical Therapy, 10(6), 827.

Foschini, D.; Prestes, J.; Charro, M.A. Relação entre exercício físico, dano muscular e dor de inicio tardio. Revista Brasileira Cineantropometria e Desempenho Humano. Vol. 9. 2007. p.101-106.

Knitter, A. E., Panton, L., Rathmacher, J. A., Petersen, A., & Sharp, R. (2000). Effects of beta-hydroxy-beta-methylbutyrate on muscle damage after a prolonged run. Journal of Applied Physiology, 89(4), 1340-1344.

Law, R. Y., & Herbert, R. D. (2007). Warm-up reduces delayed-onset muscle soreness but cool-down does not: a randomised controlled trial. Australian Journal of Physiotherapy, 53(2), 91-95.

Michael Kjaer; Michael Krogsgaard; Peter Magnusson; Lars Engebretsen; Harald Roos; Timo Takala; Savio Woo (2008). Textbook of Sports Medicine: Basic Science and Clinical Aspects of Sports Injury and Physical Activity. John Wiley and Sons. p. 722.

Miller, P. C., Bailey, S. P., Barnes, M. E., Derr, S. J., & Hall, E. E. (2004). The effects of protease supplementation on skeletal muscle function and DOMS following downhill running. Journal of Sports Sciences, 22(4), 365-372.

Nascimento, C.R.V.; Arruda, S.F.M. Bacurau, R.F.P. Navarro, F. Dor muscular tardia: etiologia e tratamento. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. Vol. 1. Num. 2. 2007. p. 90-99.

Nosaka, Ken (2008). "Muscle Soreness and Damage and the Repeated-Bout Effect". In Tiidus, Peter M. Skeletal Muscle Damage and Repair. Human Kinetics. pp. 59–76.


Schoenfeld, B. J. (2012). The Use of Nonsteroidal anti-inflammatory drugs for exercise-induced muscle damage. Sports Medicine, 42(12), 1017-1028.

sábado, 1 de julho de 2017

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE BIOMECÂNICA E CINESIOLOGIA?



Historicamente, cinesiologia e biomecânica vêm fazendo parte da grade curricular dos cursos de educação física e de ciências do movimento, e na maioria das universidades os dois estão na mesma disciplina, o que torna ainda mais difícil identificar a área de estudo de cada ciência. Sendo assim, você saberia distinguir a diferença entre eles?





Cinesiologia pode ser definida como estudo científico do movimento humano e, de maneira abrangente, qualquer forma de avaliação anatômica, fisiológica, psicóloga ou mecânica do movimento humano. A cinesiologia descreve o conteúdo de uma classe em que o movimento humano é avaliado pelo exame de sua origem e características.
A maioria das análises cinesiológicas são consideradas qualitativas, porque contemplam a observação de um movimento e propõem o detalhamento das habilidades e a identificação das contribuições musculares para o movimento.
Exemplo:
Ao analisarmos cinesiologicamente o ato de levantar-se de uma cadeira, os movimentos seriam a extensão dos quadris, a extensão dos joelhos, e a flexão plantar através dos grupos musculares dos isquiotibiais, quadríceps femoral e tríceps sural, respectivamente.


Biomecânica pode ser definida como a aplicação das leis da mecânica ao movimento animado ou ainda, de maneira mais especifica, como o estudo das forças atuantes geradas no interior do corpo e dos efeitos dessas forças nos tecidos, fluidos ou materiais utilizados no diagnóstico, tratamento ou pesquisa. Ou seja, a análise biomecânica, por ter sua origem na mecânica, área da física que consiste no estudo do movimento e do efeito das forças incidentes em um objeto, avalia o movimento de um organismo vivo e o efeito de determinadas forças sobre esse organismo.
A abordagem biomecânica sobre a analise do movimento pode ser qualitativa, com a observação e descrição do movimento, ou quantitativa, o que significa que algum aspecto do movimento será medido.

Exemplo:
 Ao analisarmos biomecanicamente o movimento de levantar-se de uma cadeira, tentamos medir e identificar as forças articulares atuantes no quadril, no joelho e no tornozelo, juntamente com a força entre o pé e o solo - todas interagindo em conjunto de modo a gerar o movimento de elevação e afastamento da cadeira.







Bibliografia:

HAMILL, J.; KNUTZEN, K.M. Bases biomecânicas do movimento humano. 3ª edição, São Paulo: Manole, 2012.

RASCH, P. J. Cinesiologia e anatomia aplicada. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.


NIGG, B.; HERZOG, W. Biomechanics of the Musculo-Skeletal System. 2ª edição, Wiley, 1999.

quarta-feira, 11 de maio de 2016


Musculatura do Ombro

O ombro é a articulação complexa que liga a cintura escapular ao membro superior.
É formado por quatro articulações separadas e por um complexo de músculos.


As articulações são:
• a glenoumeral, entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da omoplata;
• a acromioclavicular, que liga a clavícula à apófise acromial da omoplata;
• a articulação esternoclavicular, entre a clavícula e o esterno;
• as ligações da escápula com os músculos da coluna torácica e cervical.



Músculos envolvidos:
  • Deltoide
  • Supraespinhal
  • Infraespinhal
  • Redondo Menor
  • Redondo Maior
  • Subescapular


DELTOIDE
Inserção Proximal: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula, acrômio e espinha da escápula
Inserção Distal: Tuberosidade deltoidea – úmero
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6)
Ação: Abdução do Braço, auxilia nos movimentos de Flexão, Extensão, Rotação Lateral e Medial, Flexão e Extensão Horizontal do Braço. Estabilização da Articulação do Ombro.






SUPRAESPINHAL
Inserção Medial: Fossa supra-espinhal – escápula
Inserção Lateral: Faceta superior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6)
Ação: Abdução do Braço






INFRAESPINHAL
Inserção Medial: Fossa infra-espinhal da escápula
Inserção Lateral: Faceta média do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Supra-escapular (C5 e C6)
Ação: Rotação Lateral do Braço.







REDONDO MENOR
Inserção Medial: 2/3 superior da borda lateral da escápula
Inserção Lateral: Faceta inferior do tubérculo maior do úmero
Inervação: Nervo Axilar (C5 e C6)
Ação: Rotação Lateral e Adução do Braço.






REDONDO MAIOR
Inserção Medial: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula
Inserção Lateral: Crista do tubérculo menor do úmero
Inervação: Nervo Subscapular Inferior – Fascículo posterior do plexo braquial (C5 e C6)
Ação: Rotação Medial, Adução e Extensão da Articulação do Ombro.








SUBESCAPULAR

Inserção Medial: Fossa subescapular
Inserção Lateral: Tubérculo menor
Inervação: Nervo Subescapular Superior e Inferior – Fascículo posterior (C5 e C6)
Ação: Rotação Medial e Adução do Braço.














BIBLIOGRAFIA 


CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o Movimento. V. I: Introdução à Análise das Técnicas Corporais / Blandine Calais – Germain; [tradução Sophie Guernet]. São paulo: Manole, 1991.

DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001.

GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1988.

KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall. Músculos – Provas e Funções. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987.

MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

McMINN, R. M. H.. Atlas Colorido de Anatomia Humana. São Paulo: Manole, 1990.
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

THIBODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T. Estrutura e Funções do Corpo Humano. 11ed. São Paulo: Manole, 2002.

TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
















segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Músculos da coxa e quadril.








Músculos da região glútea:

O grande glúteo, que forma a massa da nádega é o mais superficial. Profundamente a ele, existem outros músculos menores, sendo o piriforme, o obturador interno, os gêmeos e o quadrado femoral. O grande glúteo estende-se lateralmente e recobre os músculos médio glúteo e pequeno glúteo. O grande glúteo é um extensor e rotador lateral da coxa na articulação do quadril. Serve para levar o corpo de uma posição sentada para a posição ereta, além de ser o mais poderoso extensor do quadril. Age também endireitando o tronco quando este está dobrado sobre a coxa. Inervado pelo nervo glúteo inferior.
O médio glúteo forma a massa lateral da nádega. Origina-se na face lateral do osso ilíaco e se insere no trocanter maior do fêmur. O glúteo médio é um abdutor da coxa (abre a coxa) e na marcha estabiliza a pelve para que não andemos mancando. Quando, ao caminharmos, o membro inferior sai do solo, a pelve tende a cair para esse lado. O músculo glúteo médio do outro lado se contrai e evita que a pelve incline e com isso, manquemos. É o principal e o mais importante músculo em torno do quadril. Inervado pelo nervo glúteo superior.
 O glúteo mínimo está localizado abaixo do glúteo médio e sua função é promover a rotação medial do quadril e também auxiliar na abertura da coxa. Também é inervado pelo nervo glúteo superior. 


Músculos flexores:
Psoas maior - tem origem nos processos transversos, corpos e discos intervertebrais das vértebras lombares; e se insere no trocânter menor.
Reto femoral - se origina na espinha ilíaca ântero-inferior e na borda do acetábulo. Se insere na tuberosidade da tíbia. 
Sartório (flexor-abdutor-rotador externo) - se origina na espinha ilíaca ântero-superior e se insere na tuberosidade da tíbia.
Pectíneo (flexor-adutor) - origem na linha pectínea do púbis e se insere na liha pectínea do fêmur. 
Ilíaco - origem na fossa ilíaca e inserção no trocânter menor.
Tensor da fáscia lata- origem na espinha ilíaca ântero-superior e lábio externo da crista ilíaca, e inserção no trato ílio-tibial.





Músculos extensores:
- Glúteo máximo (extensor rotador externo) - tem origem no ílio, linha glútea posterior, face posterior do sacro e ligamento sacrotuberoso. E se insere na tuberosidade glútea do fêmur e trato ílio tibial. 
- Semitendíneo - origina-se na tuberosidade isquiática e se insere na face medial do corpo da tíbia. 
- Semimembranáceo - origina-se na tuberosidade isquiática e se insere no côndilo medial da tíbia.
- Adutor magno - Adutora: origem no ramo inferior do púbis e inserção na linha áspera. 
                            Extensora: origem na tuberosidade isquiática e inserção na linha supracondilar medial e        
                            tubérculo adutor.
- Bíceps femoral - Porção longa: origem na tuberosidade isquiática. 
                             Porção curta: origem na linha áspera do fêmur. 
                             Inserção na cabeça da fíbula.








Músculo abdutores:
- Glúteo médio- origem no ílio entre as linhas glúteas posterior e anterior. Inserção no trocânter maior. 
- Glúteo mínimo- origem no ílio entre as linhas glúteas anterior e inferior. Inserção no trocânter maior.  

Músculos adutores:
- Pectíno 
- Adutor magno 
- Adutor longo - origem no corpo do púbis e inserção no lábio medial da linha áspera do fêmur.
- Adutor curto - origem no corpo e ramo inferior do púbis. Inserção na linha áspera do fêmur. 
- Grácil - origem no corpo e ramo inferior do púbis. Se insere na face medial da porção proximal do corpo da tíbia.

Rotação interna:
 - Glúteo médio
- Glúteo mínimo
- Tensor da fáscia lata

Rotação externa:
- Piriforme - origem na face pélvica do sacro. Inserção no trocânter maior do fêmur.
- Quadrado femoral - se origina na borda lateral da tuberosidade isquiática e se insere na crista intertrocantérica.
- Obturatório externo - origem no contorno externo do forame obturado e membrana obturadora. Inserção na fossa trocantérica.
- Obturatório interno - origem no contorno interno do forame obturado e membrana obturadora. Inserção no trocânter maior.
- Gêmeo inferior - origem na tuberosidade isquiática e inserção no tendão do obturatório interno. 
 Gêmeo superior - origem na espinha isquiática e inserção no tendão do obturatório interno.


Referências:

SACRAMENTO, Arthur; CASTRO, Luciano. Anatomia Básica Aplicada à Educação Física. 2ed. Canoas: Editora da Ulbra, 2001. 

SOBOTTA, J. Sobotta Atlas de Anatomia Humana 2 Vols. Ed. Guanabara Koogan, 22ª edição, Rio de Janeiro. 2006.


THIBODEAU, Gary A.; PATTON, Kevin T. Estrutura e Funções do Corpo Humano. 11ed. São Paulo: Manole, 2002.

TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.





quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Músculos do dorso

Vista posterior dos músculos do dorso; camada superficial dos músculos tronco-apendiculares e tronco-singulares.

Os músculos superficiais do dorso (trapézio e grande dorsal) conectam os membros superiores ao tronco e estão relacionados com os movimentos desses membros. 



Principais:


 
O Músculo Trapézio:
Origem: Terço medial da linha nucal. Túber occipital e processos espinhosos de C7 a T12
Inserção: Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula
Função: Eleva, retrai e roda a escápula. As fibras superiores elevam, as médias retraem e as inferiores deprimem a escápula. Roda a escápula 
 
 Músculo Grande Dorsal:
Origem: Processo espinhosos de T6 a T12, crista ilíaca e 3 a 4 costelas inferiores
Inserção: Assoalho do sulco intertubercular do úmero
Função: Estende, aduz e roda medialmente o úmero; levanta o corpo durante a escalada 
 
Músculo Levantador da Escápula:
Origem: Tubérculos post. dos processos transversos das vértebras C1 a C4
Inserção: Parte superior da borda medial da escápula
Função: Eleva a escápula e inclina sua cavidade glenóide para baixo através da rotação da escápula 

Músculos Rombóides Maior e Menor:
Origem: Menor: ligamento da nuca e processos espinhosos de C7 e T1 - é superior ao maior
Maior: processos espinhosos de T2 a T5
Inserção: Borda medial da escápula a partir do nível da espinha até o ângulo inferior
Função: Retrai a escápula e roda para abaixar a cavidade glenóide; fixa a escápula à parede torácica.

 
Vista mais profunda dos músculos tronco-apendiculares após ampla remoção dos músculos supeficiais do lado esquerdo. Vista posterior.


Camada Intermédia de Músculos Intrínsecos ou Profundos do Dorso - M. Eretor da Espinha 
 
    Músculo Iliocostal (Porção lateral do m. eretor da espinha):
Divisões: parte lombar; parte torácica; parte cervical
Origem: Origem comum - parte posterior da crista ilíaca.
Inserção: Ângulos das costelas
Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte ou toda a coluna. 
 
    Músculo Longuíssimo (Porção intermédia do m. eretor da espinha):
Divisões: torácico; do pescoço; da cabeça
Origem: Origem comum
Inserção: Processos transversos das vértebras torácicas e cervicais além do processo mastóide
Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte ou toda a coluna. 
 
    Músculo Espinhal (Porção medial do m. eretor da espinha):
Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça
Origem: Origem comum
Inserção: Processos espinhosos da região lombar superior e torácica inferior
Função: Unilateral: Flete lateralmente a cabeça ou a coluna. Bilateral: estendem a cabeça e parte ou toda a coluna.











 
 Camada Profunda de Músculos Intrínsecos ou profundos do Dorso 

 
Músculo Semi-Espinhal
Divisões: do tórax; do pescoço; da cabeça
Origem: Processos trans-versos de T1 a T6
Inserção: Metade medial da área entre as linhas nucais superior e inferior do osso occipital
Função: Bilateralmente: estendem as regiões cervical e torácica da coluna. Unilateralmente rodam essas regiões para o lado oposto 
  
Músculo Multífido
Origem: Arcos vertebrais
Inserção: Processos transversos
Função: Bilateralmente: estendem o tronco e estabilizam a coluna Unilateralmente: flete o tronco lateralmente rodando-o para o lado oposto.




Imagens:
Sobotta, J. Sobotta Atlas de Anatomia Humana 2 Vols. Ed. Guanabara Koogan, 22ª edição, Rio de Janeiro. 2006.