quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Alunos da rede estadual de São Paulo vão passar pelo teste da balança




                                                                


Os estudantes da rede pública de São Paulo vão passar pelo teste da balança. A preocupação é com o aumento do número de crianças acima do peso e com problemas como pressão alta.
Esse número já chega a 6% das crianças. Mas nunca foi feito um estudo na rede pública para saber como estão a saúde e a alimentação dos alunos. Com as informações em mãos, a Secretaria de Educação vai encaminhar os alunos para tratamento e mudar o cardápio da merenda.
É hora do recreio e, no prato da criançada, comida saudável. “Macarrão, tomate e salada”, diz Luís Gustavo.
Ele diz que não gosta de salgadinhos e biscoito recheado, mas Júlia entrega: “Come um montão. A gente pega ele comendo salgadinho. A gente pega, sim, você comendo salgadinho”.
Nem sempre é fácil convencer os alunos a comer alimentos nutritivos, diminuir a quantidade de sal, açúcar e gorduras. De acordo com o IBGE, uma em cada três crianças na faixa dos cinco aos nove anos está acima do peso.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia tem outro dado: a pressão alta já começou a aparecer nos pequenos.
“Hipertensão em crianças é muito ligada à obesidade, sedentarismo e hábitos irregulares, hábitos não saudáveis e isso tem preocupado a gente, porque chega a atingir 6% o que é muito para esta faixa etária”, declara o doutor Luiz Aparecido Bortolotto, coordenador de campanhas temáticas da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Por isso, os alunos da rede estadual de São Paulo vão passar por um teste diferente: o da balança. O projeto é piloto e, nessa etapa, vai atingir 128 escolas, a maioria da capital paulista e da região metropolitana.
Treze mil crianças com idade entre seis e 18 anos vão ser medidas e pesadas. No início de 2014, todo o processo será feito com os mesmos alunos. Os dados serão analisados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Com os resultados, a Secretaria de Educação vai fazer um diagnóstico, descobrir o perfil nutricional dos estudantes, quantos alunos estão com sobrepeso, quanto estão obesos e se há crianças magras demais.
“A intenção é encaminhar os casos mais críticos para as unidades básicas de saúde, fazer uma adaptação no cardápio, iremos introduzir mais produtos integrais e estimular mais a prática de atividade física”, explica Andreia dos Santos, nutricionista da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Assuntos como colesterol, diabetes, hipertensão serão tratados em sala de aula. Quem sabe, daqui a alguns meses, uma resposta assim seja mais comum entre as crianças: “Adoro verdura. Amo fruta”, conta Vitória Gomes da Silva, de 7 anos.

Fonte: http://g1.globo.com/